sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Proposta de redação: ensinar a pensar

O segundo semestre é sempre marcado pela correria dos alunos às salas dos cursinhos. O pessoal quer revisar, reforçar e até mesmo aprender. A redação deve ser treinada, como se fosse uma forma milimetricamente medida. O aluno não consegue fazer uma análise do tema; ele precisa encaixar o assunto em trinta linhas, às vezes 25, outras, 40. Perde-se o sentido da reflexão sobre o assunto. A escola que passou 12 anos discutindo e refletindo sobre uma série de assuntos, agora, é resumida a um semestre de exaustivos momentos de estudo mecânico. Aquela escola que passou os mesmos 12 anos fazendo o aluno decorar uma infinita lista de conceitos e exemplos gramaticais recebe o título de boa, eficiente. Atenção: Não esqueçam que o aluno universitário precisa ser um indivíduo altamente pensante na faculdade. A universidade brasileira precisa promover a pesquisa, a reflexão, a observação e a integração do aluno com a comunidade. Chega de aluno individualista, que decora os conceitos para realizar provas e alcançar o sonho do canudo. Meu Deus, num trecho tão pequeno, quantas incoerências podem ser levantadas neste sistema de ensino que permeia as nossas escolas. De uma coisa eu tenho certeza: A escola precisa formar seres reflexivos, empeendedores, interessados no movimento da sociedade, ativos, preocupados em encontrar alternativas sustentáveis para amenizar os impactos ambientais.
Proposta: Desenvolve um texto crítico sobre a função formadora da escola e não somente informadora.
Márcia

Renata

Como tarefa da cadeira de Gramática II, do curso de especialização da Universidade Feevale, precisei observar uma aula de Língua Portuguesa. Escolhi uma escola municipal, perto de minha casa. E lá conheci a professora Renata Marques. Mais uma vez, depois de 21 anos de magistério dedicado a observar, pesquisar e analisar o comportamento do aluno diante do ensino da língua portuguesa, eu tive plena certeza de que não devemos desistir nunca de ensinar. Os olhos da Renata brilhavam ao me contar que está desenvolvendo um projeto de leitura com as crianças, que resultará numa radiofonia. Eles leram contos e gravarão suas vozes e todos os outros sons. Depois, a professora organizará tudo isso para ser apresentado. Que sorte daquelas crianças terem uma professora animada, que acredita no potencial delas, que tem projetos e que os aplica.
E o mais importante: Esses momentos é que marcarão a vida desses alunos. Às vezes a gente vê escolas com muito mais recursos e que se ocupam com a tarefa de encher caderno. Que pena.
Márcia

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A cidade no universo ficcional de Caio Fernando Abreu

Proposta de redação

Na disciplina de Literatura Comparada, no curso de especialização da Feevale, tive a oportunidade de reler Caio Fernado Abreu , escritor gaúcho que morava em São Paulo. Num texto de Alexandre Faria, PUC-RJ, sobre o universo ficcional de Caio Fernando Abreu, foi possível refletir sobre a ambiguidade do centro urbano. A cidade, que ao mesmo tempo apresenta possibilidades de novas realizações e encontros, também se torna uma teia onde as personagens se aprisionam e sucumbem ensimesmadas na inútil busca da identidade e completude que a cidade não oferece. As personagens de Caio Fernando Abreu são solitárias, vítimas da cruel dinâmica urbana.
Então, imaginei como poderia tansformar essa reflexão numa proposta de escrita, afinal, os jovens que estão concluindo o Ensino Médio se voltarão quase que totalmente para a cidade: farão vestibular, procurarão uma vaga no mercado de trabalho, farão parte de um sistema universitário, estarão mais expostos à inquietude da cidade.
A proposta é: Como construir uma vida independente e livre das angústias da cidade, fazendo parte do universo urbano? Como impedir que a cidade anule nossa identidade nos tornando sós e abandonados?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Proposta de redação

Escrever bons textos requer leitura, informação e, principalmente, dedicação. Nesse caso, dedicação significa exercício. Aproveita a primeira ideia de redação, de uma série que será publicada, para apresentar argumentos coerentes dentro de uma estrutura coesa. Lembrando que coerência é o equilíbrio de ideias que o texto deve apresentar, procurando ser objetivo e claro na defesa dessas ideias. E a coesão são os elementos gramaticais que ajudam a dar ao texto esta clareza e objetividade: pontuação, articuladores, vocabulário...

Proposta: As leis existem para organizar uma sociedade. Isso é fato. Quando chegou a lei seca, muita gente afirmou que só funcionaria sob uma severa fiscalização. Hoje alguns dizem que caiu no esquecimento e não há pessoal nem aparelhos suficientes para fiscalizar. Agora, os pais precisam instalar nos carros cadeirinhas para carregar seus filhos até sete anos e meio de idade. É lei e será severamente fiscalizada, segundo as autoridades. Certamente outras leis seguidas de uma rígida fiscalização serão feitas no Brasil. Com base neste pequeno comentário, escreve um texto argumentando sobre a distância entre leis que são feitas para proteger a vida e a consciência do cidadão brasileiro. Se é para proteger a vida, não é fato que a consciência deveria vir primeiro, sem precisar que um policial diga ao cidadão como ele deve proteger seus filhos?