quarta-feira, 2 de junho de 2010

O direito à literatura

O crítico literário Antônio Candido, em sua obra Vários escritos (4ªedição/2004), defende no texto "O direito à literatura" que ler obras literárias é um direito social básico e fundamental, portanto um bem incompressível, como ele chama. O crítico enfatiza que a literatura é fator indispensável de humanização porque é um instrumento poderoso de instrução e educação e tem um papel formador da personalidade. A literatura é universal porque não há povo que possa viver sem ela.
Para refletir, eu destaco a seguinte declaração de Antônio Cândido: " Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade."
Então, por que tantas escolas estão sem bibliotecas? Por que outras têm bibliotecas, mas estão fechadas? Onde está a dificuldade de fazer uma biblioteca funcionar de forma que o aluno se sinta num ambiente democrático e humanizador?
O professor (de qualquer área) precisa entender que na leitura está a descoberta de tudo. Quando discutimos leitura, não podemos dividir a sociedade em grupos como se fossem classes sociais. A leitura do capítulo "O direito à literatura" prova que precisamos oportunizar a leitura, sem subestimar nossos alunos. Limitamos a capacidade de leitura deles quando fazemos listas de obras sem consultá-los, ou sem conhecê-los. Deixamos de mostrar a eles os clássicos porque nós achamos essa leitura difícil. Classificamos uma leitura simplesmente pelo seu vocabulário e esquecemos que literatura é algo muito maior, precioso, emocionante, fascinante e implícito.
A leitura precisa vir em primeiro lugar sempre em nossas salas de aula!

Professora Márcia Regina

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